Categorias
Pensamentos

Mickey do netinho

Sim, o da cauda fininha…

Lá se vão onze anos.  O netinho não é mais aquele quase nenê de dois aninhos que abraçava tudo o que lhe davam às mãos. Carinhoso, amável com o sorriso de surpresa, abraçou aquele Mickey que os vovôs lhe ofereceram. Nada especial. Acreditávamos que seria uma alegria momentânea e que após compartilhar alguns bons momentos com o novo amiguinho, o inocente bichinho de pelúcia seria colocado naquele baú que toda criança tem, reservando-o para doação.

Ledo engano. Virou uma espécie de talismã e por onde andava fazia questão de tê-lo sempre por perto. Companheiros de viagens e presença indispensável para acalentar um sono tranquilo.

O tal Mickey tinha uma característica: uma cauda bem fininha que era o ponto de carícia predileto. Ao acariciá-lo o sono vinha em poucos minutos e ambos (?) dormiam.

Com o passar dos anos o pobre Mickey passou por períodos de desgaste natural requerendo “assistência médica”. Era quando o netinho procurava a vovó dizendo que o amiguinho precisava de cirurgia. Com toda a paciência, a prestativa vovó recorria à sua caixinha de costura e fazia os “curativos” necessários, dando sobrevida ao amiguinho.

Hoje o netinho entra na fase da pré adolescência e o simpático Mickey, se formos comparar a idade dos bichinhos, já deve ser um respeitável senhor. Isso não impede que ambos mantenham até hoje uma amizade fraterna.

Que lição este despretensioso relato pode nos ensinar?

Embora haja carinho em abundância da família, acredito que possa ser uma lição de amor, companheirismo e até mesmo aquilo que se chama de porto seguro. Quando os dois estão próximos, há ao redor um ambiente de cordialidade, carinho e cumplicidade. Amor, apego, respeito e admiração não tem gênero.

Vida longa ao nosso Mickey e uma vida inteira de grandes conquistas, sonhos realizados ao nosso querido netinho Cauã que nos inspirou a compartilhar estas memórias.